Título: Na Porta ao Lado;
Autor(a): Luiza Trigo;
Editora: Rocco (Jovens Leitores);
Número de Páginas: 256;
Ano de Lançamento: 2015.
Livro no Skoob
Veja também: Meus 15 Anos


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Com uma carreira em ascensão no segmento juvenil, a carioca Luiza Trigo retoma as personagens de Meus 15 anos – as amigas Bia, Carol, Amanda, Pri e Roberta – e novamente mostra as delícias e as dores da adolescência com leveza, sinceridade e bom humor em Na porta ao lado, seu terceiro romance. No livro, a autora narra as aventuras e desventuras de Carol, que começa o novo ano na escola tendo que encarar não só o casamento de sua mãe e uma mudança de casa, mas também o padrasto como professor e o filho dele como colega de turma. Parece muito azar para uma garota só! Mas muitas outras surpresas aguardam a protagonista, suas amigas e os leitores ao longo das páginas. 

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Minha Opinião:
Aviso: pode conter spoilers!

No terceiro romance infanto-juvenil de Luiza Trigo, acompanhamos Carol, uma adolescente comum de 15 anos que, no entanto, tem sua vida modificada de forma inesperada quando sua mãe, até então viúva e bem resolvida, anuncia não apenas um casamento, mas a mudança definitiva de ambas para uma casa nova. Longe do lar impregnado com as lembranças do falecido pai, Carol tem que se adaptar a nova rotina de casa, contando agora com as presenças assíduas do padrasto e seu filho de dezesseis anos, com quem não se deu muito bem. Não bastasse isso, ela ainda terá de aprender a lidar com o rapaz na mesma turma de escola. Felizmente, suas amigas estão por perto para ajudarem-na durante essa mudança.

Há mais ou menos um ano, eu publiquei aqui no blog a resenha do primeiro livro, Meus 15 Anos, então protagonizado pela Bia, que me cativou com adoráveis quatro estrelas. Lembro de ter gostado muito da leitura e mesmo de seus personagens, e já estava ansiosa por conferir este segundo livro, também conhecido como spin-off, quando, no entanto, deparei-me com uma história que, apesar de um bom plot inicial, desenvolveu-se de uma forma não tão cativante e sólida quanto no primeiro livro.

Apesar de ter gostado de Carol, achei a protagonista um pouco aérea em certos momentos. É compreensível sua irritação para com as mudanças bruscas ocorrendo em sua vida e tudo mais, mas eu realmente fiquei incomodada com a quantidade de reclamações tecidas ao longo dos capítulos. Chegou um ponto em que eles simplesmente ficaram muito repetitivos e cansativos, e a leitura demorou um pouco para engrenar nesses momentos. Além disso, senti que o início do livro, em particular, desenvolveu-se um pouco rápido demais, passando dias e semanas de uma forma muito depressa, e algumas cenas nesse meio tempo acabaram se apresentando um tanto quanto vagas.

“— A linha entre o ódio e o amor é muito tênue, Carol. Para mudar de um para o outro é um pulo.”

As relações da Carol com os outros personagens também dividiu um pouco as minhas opiniões. Apesar de ter gostado do enfoque especial dado pela autora à relação mãe e filha em alguns momentos, ainda senti-me um pouco perdida no andar de outras relações. Bia, Amanda, Pri e Roberta continuaram cumprindo bem os seus papéis como já apresentados na história anterior, mas em alguns momentos senti-as distante. A única exceção foi a Bia, que manteve-se como em Meus 15 Anos, ainda mais próxima de Carol e sendo a única amiga do grupo com quem continuei a me identificar e simpatizar de verdade. As demais foram normais, mas admito que a Roberta, por outro lado, irritou-me bastante durante a história.

No quesito romance, infelizmente também não tenho muitas boas impressões a relatar. Diferentemente do livro anterior, que havia se desenvolvido de forma realmente breve mas não menos cativante, nesse livro, fiquei com uma vaga impressão de que ele fora forçado, e uma vez que temos um triângulo amoroso, admito que fiquei um pouco em dúvida sobre por qual torcer. Apesar de mostrar-se inesperadamente romântico em alguns momentos, Tomás me irritou um pouco pela forma brusca como pareceu reconhecer seus sentimentos e aproximar-se de Carol, depois de terem trocado tantas farpas logo no início. E Bernardo, apesar da postura gentil e atenciosa, infelizmente não me convenceu muito de seus sentimentos pela protagonista.

Depois de todas essas ressalvas, eu realmente perdi um pouco do feeling de início da leitura, mas foi o final que definitivamente me desanimou com a história. Apesar dos pontos negativos citados anteriormente, eu ainda estava esperançosa de que o final pudesse salvar algumas dessas questões, mas ele só me fez ficar mais irritada. Compreendo um pouco os motivos da autora ter agido daquela forma, mas admito que a personagem em si não me convenceu no momento em questão. Achei que, depois de tudo que havia acontecido, soou forçado e senti uma quebra total na leitura até então. Uma pena, porque eu realmente esperava gostar muito desse, assim como o anterior. Mas o livro não é ruim de todo, ele simplesmente não funcionou comigo da mesma forma que poderá funcionar com outras pessoas. Acho que, talvez, eu também tenha criado muitas expectativas e, infelizmente, elas não conseguiram ser superadas, mas ainda é uma leitura que eu recomende para quem gosta de uma história leve e divertida no segmento infanto-juvenil.

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