Título: Primeiro Amor;
Autor(es): James Patterson & Emily Raymond;
Editora: Novo Conceito;
Número de Páginas: 240;
Ano de Lançamento: 2014.
Livro no Skoob


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Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso. Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas.

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Minha Opinião:

Resenha escrita por mim e originalmente publicada no blog Da Imaginação a Escrita - aqui.

No romance de James Patterson em parceria com Emily Raymond, somos apresentados à Axi Moore e à Robinson. Ela, a garota certinha frequentemente chamada pelo amigo como "Menina Careta"; já ele, o rapaz tido como inconsequente que pai nenhum gostaria para sua filha, mas que, no fim das contas, é dono de uma simpatia e um charme sem fim que ganha à todos - ou a maioria, ao menos - em seu caminho. Além disso, ele também é o amor da vida de Axi, e, sendo assim, ela não hesita em incluí-lo em sua aventura inusitada ao redor dos Estados Unidos. Abandonada pela mãe, ignorada pelo pai alcoólatra e ainda sofrendo a perda da irmã mais nova há alguns anos, ela conclui que Klamath Falls não tem nada mais a prendê-la e, juntamente com Robinson, a aventura se inicia pelas estradas norte-americanas. Ela só não esperava que fosse começar em uma moto roubada... mas, ainda assim, esse não será o maior dos dilemas e surpresas que os dois adolescentes terão que enfrentar em seu caminho.

“— Se esta viagem for um erro, será o melhor erro de nossas vidas.”

Sabe quando você lê a sinopse de um livro, sente-se atraído por ele, para lê-lo, mas ainda fica com um pé atrás de quem não acredita que a história vá tão longe? Confesso que estava receosa em ler esse livro, porque a ideia de dois jovens viajando inconsequentemente não me parece nem um pouco sensata ou correta, mas o meu lado de 'romântica incorrigível' queria crer que a história, que todo esse clima de 'primeiro amor', era a essência do livro, e que fosse uma leitura gostosa e marcante. E, assim, bastaram apenas as primeiras páginas da leitura para eu ver que o clima de romance estava delicadamente inserido no enredo e entre seus personagens. Com uma leitura muito fluida e cativante, porém, Primeiro Amor surpreendeu por, apesar disso, mostrar ser muito mais do que uma simples história de amor adolescente.

No decorrer do livro, a convivência do leitor se resume aos protagonista, Axi e Robinson, ambos dois adolescentes cujas vidas não mais se prendem à pacata Klamath Falls e que almejam explorar outros estados e viver novas experiências - Axi, principalmente, uma vez que pretende pôr um fim na paixão platônica pelo rapaz e deixar seus sentimentos às claras para ele. Confesso que, até esse início, a minha compreensão era de uma viagem inconsequente de dois jovens igualmente inconsequentes e rebeldes, mas, ao longo da leitura, é perceptível ao leitor que os motivos, tanto para Axi quanto para Robinson por planejarem essa aventura, são muito maiores e, alguns deles, inclusive, um tanto mais profundos. Basicamente, mesmo que o clima de amor, amizade, diversão, adrenalina e alegria pairem em grande parte do enredo, com o passar da leitura, percebemos os pesos que os personagens ainda carregam em seus ombros, e aos poucos vamos descobrindo melhor sobre cada um deles. 

“— Onde está o manual de instruções para as coisas importantes? Eu quero! — gritei. — Quais são as instruções para, não sei, para a vida?
A risada de Robinson desapareceu lentamente.
— Axi, se nós tivéssemos um manual, isto não seria a vida. Seria uma tarefa de casa. Não saber o que acontece faz parte do negócio.”

No fim das contas, é como se toda essa aventura se resumisse numa fuga desenfreada dos próprios problemas enfrentados pelos protagonistas. Juntos, porém, eles não se deixam abalar, e entre roubos de carros e motos, invasão ao tapete vermelho em um evento de caridade e acampamentos improvisados, eles vivem as maiores aventuras de suas vidas, das formas mais inusitadas possíveis, caminhando para um desfecho que eles ainda não sabem direito qual será, mas vivendo cada dia, cada segundo, como se ele fosse único. E tudo isso, ao longo da história, só soma um enredo ainda mais incrível, que apesar de situações levemente surreais, por assim dizer - porque é meio sem noção dois jovens sem carteira de habilitação roubarem, repetidas vezes, diversos carros ao longo de sua jornada e não sofrerem quase nada com isso -, consegue prender o leitor à leitura, e encantar e emocionar de diversas formas, nos momentos mais inesperados. 

Porque, no fim das contas, Primeiro Amor é uma daquelas histórias que não levamos em conta as (ir)racionalidades dos personagens, mas, sim, que nos emociona com eles e seus acontecimentos, e está ali para firmar-se não como uma simples história de amor adolescente, mas, também, uma história sensível sobre o amor, em modo geral, e as consequências, boas e más, de se amar alguém, porque nem tudo são flores, mas quando se quer de verdade, podemos fazer tudo valer a pena no final. Mas, sabe, eu realmente recomendo não ler a nota inicial do James Patterson no livro, porque, bem... talvez ela seja um spoiler, então aconselho lerem apenas quando terminarem a leitura do livro, fica a dica.

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