- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Minha Opinião: 

Alguém aqui lembra de um post que eu fiz aqui no blog, há muito tempo atrás, sobre alguns clichês que eu adorava em livros/filmes? Não? Bom, me refiro à esse post, mas, bem, como dito anteriormente, listei nele alguns dos meus clichês preferidos. Na época, eu não havia expandido muito as minhas leituras, de forma que esses clichês foram reduzidos, mas, agora, uma nova lista começa a se formar automaticamente entre meus livrinhos, e Apaixonada pelo Garoto Nerd contém um deles. Afinal, quão fofos os nerds conseguem ser ao se apaixonarem por uma das garotas populares do colégio? E, mais ainda, quando essa recíproca torna-se verdadeira? Isso dá certo em quantos casos? Veremos como essa relação ficou logo a seguir...

“— Não olhe agora, mas o nerd está vindo falar com você.”
- Página 13 - 

No livro originário diretamente do Wattpad, e cuja publicação durante todo o mês de Abril eu acompanhei, nos deparamos, de início, com Audrey e Aimée, então melhores amigas que estão ingressando à elite popular do colégio graças ao grupo das líderes de torcida. Mas tudo com o que Audrey mais sonha é namorar o galã do colégio, Tyler Sparks, e isso significa ficar longe dos nerds; do contrário, seria seu suicídio social imediato. Nesse extremo, temos Noah Hartley, que em uma cena desajeitada, tenta aproximar-se da garota e convidá-la para o baile. Esse dia fica marcado na vida de Audrey e Noah com um belo borrão de café anteriormente administrado por Aimée, para tentar "salvar" a amiga da situação. E agora, um ano depois, Audrey encontra-se com nota baixa em Matemática, e totalmente desentendida dos assuntos da matéria, acaba por recorrer à ajuda de Noah para recuperar-se e não ser obrigada a mudar de escola. Apesar de muito recusar a oferta da garota no início, Noah acabará aceitando, no entanto, a relação dos dois será conturbada. E entre altos e baixos por parte, não apenas deles, bem como dos amigos, familiares e amores de cada um, eles tentarão esquecer o pequeno inconveniente do passado. Isto é, se Noah estiver realmente disposto a esquecê-lo...

“— Você não pode estar falando sério.
— Estou falando no grau superlativo absoluto de sério.”
- Página 25 - 

Com uma narrativa tipicamente juvenil e continuamente fluida, Mariana Mello Sgambato reconta, em versão inteiramente sua, um dos clichês mais recorrentes do colegial, e através de personagens ativos, alguns cativantes, e um romance meigo e delicado, conclui a leitura de Apaixonada pelo Garoto Nerd como imperdível para os fãs dos clichês românticos, e que gostam de histórias mais leves e descontraídas. Por meio de um universo adolescente em estereótipo, mas sem perder brilho por isso, acompanhamos a narrativa em primeira pessoa por parte de Audrey, desde seus momentos tipicamente patricinha até seu amadurecimento notável no decorrer do livro, e o estreitamento de sua relação com um o nerd mais aclamado entre os nerds do colégio, que, aos poucos, muda seus conceitos ao apaixonar-se pela garota.

“Se o amor é como as rosas seria correto dizer que o perfume é equivalente ao momento da sedução, as pétalas encantadoras como primeiro encontro e os espinhos afiados e doloridos como os términos do relacionamento.”
- Página 193 - 

Essa foi, simplesmente, uma leitura que eu adorei fazer, e agradeço muito à Mari por ter, primeiramente, postado-a tão firmemente no site, e ainda ter trazido uma versão física do livro para os leitores. Foi uma história com a qual me envolvi com o enredo, os personagens, suspirei com o romance, me apaixonei por Noah, fiquei orgulhosa de Audrey, me surpreendi com alguns acontecimentos e fiquei imensamente satisfeita com o desfecho. Começou como uma meta de escrita para o Camp NaNoWriMo de Abril desse ano, eu sei, mas gostei muito de ver a importância que a Mari deu, também, aos personagens secundários. Desde Aimée, outra inicial garota patricinha e metida, mas que logo mais vem a mostrar-se merecedora do posto de melhor amiga de Audrey, bem como Leah que, com sua doçura e simpatia naturais, também ajudou muito a Audrey em seu amadurecimento, e até mesmo à Josh e Matthew, que mesmo em suas poucas aparições, cumpriram bem seus respectivos papéis. E, convenhamos, a Mari foi generosa até com o Tyler e a Olívia, que apesar de atrapalharem em diversos momentos, tiveram o crédito de cumprirem, juntamente, como os bons antagonistas adolescentes que, claro, já esperamos nessas histórias.

“— Precisa tanto assim da aceitação das pessoas? — Ele pergunta em seco.
— Só da pessoa certa. [...]
— Nesse caso, a única pessoa que tem que te aceitar é você mesma.”
- Página 250 - 

No mais, como podem perceber, essa foi uma leitura que se seguiu fluida e leve, muito gostosa, desde o início ao fim, e mais a soma dos dois epílogos especiais presentes na versão comercial! Nesse caso, agradeço mais uma vez a autora por esse pequeno extra de um dos meus mais novos casais preferidos. E, já que falei da versão comercial, no caso, a física, tenho que dizer, a Mariana caprichou com os detalhes da diagramação e tudo ficou simplesmente incrível! Páginas amareladas, capítulos divididos por um plano preto a cada início, com a respectiva ilustração de uma coroa, que só lendo o livro para saber o motivo da presença, e mesmo nos bônus disponíveis no fim do livro, após o epílogo. Só faço uma ressalva com relação à revisão, que deixou a desejar em alguns momentos, mas reconheço que a correria da publicação foi grande, e isso, naturalmente, poderá ser corrigido em uma próxima edição. No geral, essa foi uma leitura deliciosa de ser feita, e que certamente termina com um gostinho de quero mais. ^_^