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Minha Opinião:

Já faz um bom tempo que não faço resenhas de filmes por aqui, hein? Esse tempo todo o quadro "Cinemmy" já devia estar pegando poeira, mas esse tempo acabou. Voltamos de vez com os filmes, à medida que estou mais disposta - e interessada - em assisti-los, e muito a fim de falar sobre eles, porque, vocês já devem ter percebido, se tem uma coisa que gosto de fazer é de dar minha opinião. O filme para voltar com esse tipo de post, estão, foi um que assisti por acaso com meus pais outro dia. Minha mãe já havia assistido e indicava bastante, daí ela resolveu vê-lo mais uma vez e eu peguei carona. Sobre o que se trata Cidades das Sombras, então? Vejamos...

O filme se passa numa cidade subterrânea, Cidade de Ember, onde a vida transcorre normalmente desde que fora construída há tanto tempo. Os moradores da cidade, até então nunca tiveram contato algum com a realidade na superfície, nem mesmo chegaram a ver o Sol, mas a vida que levam já lhes é suficiente. Mas tudo muda quando, depois de uma série de apagões constantes, eles percebem que o gerador, que até então mantinha a energia da cidade, já está com seus dias contados, mas eles não sabem o que fazer à respeito. Não sucumbindo ao desespero e a desesperança, porém, os adolescentes Lina e Doon são surpreendidos ocasionalmente por instruções secretas dadas pela avó da garota, e eles descobrem que a saída do subsolo é mais do que possível. 

A premissa em si do filme é muito boa; um tanto quanto agonizante você pensar na hipótese de pessoas vivendo no subsolo e que nunca respiraram o ar propriamente dito da superfície, mas boa. E o desenvolvimento do filme também ocorreu muito bem. Com calma, vamos descobrindo um pouco sobre os personagens e de cara percebemos o seu papel - mocinho ou vilão - na história e mais a diante os segredos que eles escondiam. Em Cidade das Sombras, temos dois protagonistas destemidos e audaciosos que não poupam esforços para ir atrás daquilo que acreditam, nesse caso, a saída de Ember. A cidade fora, no passado, construída por operários - ou algo assim, não me lembro o nome definitivo - que abusaram da inteligência mas, de qualquer forma, mantiveram sob acesso as instruções para a saída da cidade, quando em emergências. Mas, por intervenção do atual prefeito da cidade, as instruções oficiais foram guardadas à sete chaves, sendo que de alguma forma a avó de Lina havia tido contato com uma espécie de cópia, usada anteriormente pelo pai dela - que já havia falecido - com mesmo objetivo, afinal, então o que sobra é uma população completamente leiga a qualquer outra opção existente fora dos padrões que eles seguem. 

O filme transcorre muito bem, apesar do início um tanto lento, mas que logo acelera quando chegamos à metade do filme e vamos descobrindo alguns segredos de Ember, assim como, juntamente com Doon e Lina, desvendando as instruções que eles tinham em mãos. Essa parte do filme, inclusive, ressalto, foi muito bem bolada, e na hora de colocá-la em ação, então, foi outra surpresa, acompanhada, claro, da tensão sobre "será que eles vão mesmo conseguir?". O final em si, porém, foi o único que deixou a desejar. Apesar das coisas terem se resolvido de uma maneira coerente, senti falta de um aprofundamento maior sobre o que aconteceu depois de tudo o que eles passaram, e até mesmo o que aconteceu com a cidade, depois de alguns incidentes ocorridos no setor de encanamento. Por causa do final quase aberto, acreditei que o filme poderia ter uma sequência, mas, ao que parece, ele não teve, o que é uma pena, eu realmente acho que ele tinha conteúdo para mais uma história, mas, de qualquer forma, foi um ótimo filme para se assistir. Apesar de não ser o melhor do gênero de aventura, ainda assim merece seu mérito. Recomendo!