Título: A Kiss in Time;
Autor(a): Alex Flinn;
Editora: HarperTeen;
Número de Páginas: 400 (segunda edição);
Ano de Publicação: 2009 (primeira edição).
Livro no Skoob


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Talia foi colocada sobre um feitiço... Jack quebrou a maldição.
Falaram-me para ter cuidado com o fuso amaldiçoado, mas era tão encantador, tão hipnótico...
Eu estava procurando por uma pequena aventura no dia em que eu abandonei meu grupo de turistas. Mas encontrar uma cidade em coma, com uma linda garota dormindo nela, não era o que eu tinha em mente.
Eu acordei no mesmo lugar, mas em outro tempo - com um suave beijo de um estranho.
Eu não pude evitar beijá-la. Algumas vezes você apenas tem que beijar alguém. Eu não sabia que isso iria acontecer.
Agora eu estou em sérios apuros porque meu pai, o rei, disse que eu trouxe a ruína sobre o nosso país. Eu não tenho escolha a não ser fugir com esse plebeu!
Agora eu estou preso com uma princesinha malcriada e uma mala cheia de joias... As boas notícias: Meus pais vão surtar!
Acha que tem problemas de namoro? Tente trancar seus lábios com uma atraente dorminhoca que acaba por ter 316 anos. Pode um beijo transcender tudo - mesmo o tempo?

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Minha Opinião:

Quem não conhece a história da Bela Adormecida? A jovem e bela princesa que, por uma maldição, picou o dedo num fuso e caiu em um sono profundo, contagiando, graças a uma fada, a todos os demais de seu reino. E eles continuaram adormecidos por mais um tempo, até que, um belo dia, um lindo e majestoso príncipe que passava e tomou conhecimento de sua história, decidiu intervir e enfrentar todos os obstáculos para encontrar a doce princesa que permanecia em sono profundo. E então, com um beijo de amor verdadeiro, ela desperta e eles vivem felizes para sempre.

Ao menos, essa é a história. Então... o que deu errado dessa vez?????

Alex Flinn nos apresenta um conto moderno da história da bela adormecida em A Kiss in Time, mesclando o reino da época medieval aos tempos modernos, com a tecnologia e as roupas descoladas. Sua narrativa é fluída, apesar do início um tanto lento, mas logo que as coisas engrenam, não dá para parar de ler! É simplesmente viciante - e incrível - a história que a autora reformulou baseada num conto de fadas. Tá, uma situação bem cômica com traços fictícios - a própria Talia em questão - e traços realistas - o mundo moderno, claro! Mas, bem, comecemos logo a resenha...

Seguindo a real história da Bela Adormecida, Talia, princesa de Euphrásia, então amaldiçoada ainda recém-nascida, teve seu encanto reformulado e acabou por, ao picar o dedo em um fuso, ela não morreu, mas sim dormiu, assim como todos em seu castelo. Contrariando a história normal, do outro lado da história, cerca de trezentos anos depois disso, está Jack, um rapaz despreocupado e de pais ausentes, que está fazendo um tour pela Europa com seu melhor amigo, Travis. Só que o tour está uma verdadeira chatice, e ele não perde mais um segundo para escapar dele. Acaba por se aventurar, com Travis, por uma mata que até então não havia notado, e, após atravessá-la, se depara com construções e aspectos medievais; em outras palavras, nada menos que o reino de Euphrásia. Se aventurando por entre os corredores da construção, ele se depara, então, com uma garota dormindo profundamente no chão de uma das salas. Esquisito? Sem dúvidas. Mas não mais do que, com um beijo, despertar-lhe de seu sono e saber da verdade: ela era uma princesa.

Tipo, oi? Isso seria ridiculamente cômico e fofo. Seja lá no que isso fosse acarretar mais tarde. Mas, bem, nesta história, temos então Talia, a princesa, e Jack, o plebeu - ou algo assim. Inicialmente, as coisas se desenrolam de forma confusa para os dois. Jack não acredita que fez o favor de acordar uma princesa adormecida, e muito menos que, de acordo com ela, terá de se casar com a mesma. Ou, ao menos, essa era a ideia inicial de Talia, antes de perceber que isso não iria levar a nada, e que ela tinha problemas maiores para encarar; como o fato de seu pai, o rei, estar culpando-a por toda a ruína que decaiu sobre o reino de Euphrásia durante todo o tempo em que estiveram dormindo. É assim que ela decide, por fim, fugir com Jack para longe das críticas paternas. Só que ela não esperava por encarar um mundo completamente novo e modernizado - e ela que pensava que Jack já era o suficiente no quesito "estranheza". Uma série de pequenos conflitos se desenrola de forma que os dois jovens não consigam se separar definitivamente e então, quando menos se esperava, uma relação maior começava a surgir entre eles. Mas há um porém: Malvolia não está nada satisfeita por sua maldição ter sido quebrada dessa forma e insiste em complicar a vida do casal. E, bem, só o amor verdadeiro poderá libertá-los por completo.

Acho que já tagarelei demais à respeito da história, mas fato é: Alex Flinn criou uma história por vezes inovadora, ainda que mantendo seus toques clichês dos contos de fadas, e soube atualizar determinados acontecimentos de acordo com a era da trama - o mundo atual, claro. O livro ainda se divide em três partes, a primeira dirigida pela Talia antes de picar o dedo no fuso, a segunda pelo Jack, em seu tour pela Europa, e a terceira - e maior de todas - cujos capítulos se intercalam entre Talia e Jack, e a fluência de leitura está presente em todo momento nesta parte. Não tem como não se apaixonar pelos personagens, Jack com seu jeitinho quase rebelde que, na verdade, esconde uma parte sensível e responsável que seus pais-ausentes desconhecem, e Talia, com sua postura de princesinha mimada que, aos poucos, se mostra cada vez mais solidária, gentil e carinhosa. Se bobear, dá até para se afeiçoar um pouco à vilã da história, que por trás de toda a máscara vingativa e carrancuda, escondia um coração. Isso, de certa forma, nos leva a pensar que certas coisas, ou pessoas, não são realmente o que parecem, e que, no geral, nem tudo deve ser julgado no automático, afinal, não sabemos o que as pessoas sentem completamente nem o que elas passaram... ;) Sem dúvidas, uma leitura mais do que recomendada!

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2 Comentários

  1. Gostei da ideia do livro, ainda não conhecia. Achei legal ele inovar na história mas manter o toque de conto de fadas.

    Estou seguindo seu blog para acompanhar as atualizações e sempre que puder fazer uma visita.
    Abraços

    http://reaprendendoaartedaleitura.blogspot.com.br/

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    1. Sim, um dos pontos fortes foi o fato da autora manter a essência da história original mesclando a vida moderna *---* Ela equilibrou muito bem isso!
      Ah, obrigada por acompanhar o blog, Fernando!
      Beijos...

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