Título: A Linguagem das Flores;
Autor(a): Vanessa Diffenbaugh;
Editora: Arqueiro;
Número de Páginas: 304;
Ano de Publicação: 2011.
Livro no Skoob


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Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram.
Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A Linguagem das Flores é essencialmente uma história de amor - entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor próprio. 

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Minha Opinião:

Victoria Jones é uma jovem órfã, arredia e carrancuda. Desde pequena, viveu em mais casas do que o habitual; sua tutora, Meredith, já estava cansada de ver o quanto o caso da garota regredia a cada vez mais. Mas então surge a última chance de Victoria em ter uma família, mais precisamente, uma mãe. Elizabeth, com sua paciência e calma infindáveis, ainda conseguiu fazer algum progresso e quase chegou a conseguir a guarda da menina... quando uma série de conflitos pôs tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, Victoria se vê sozinha no mundo. Sem casa, sem emprego, sem amigos. E eis que surge uma oportunidade de recomeçar sua vida. Através de seu conhecimento e dom para lidar com as flores, consegue um emprego em uma floricultura e começará a perceber, enfim, que até mesmo ela, arredia e problemática do seu jeito, tem a chance de se reerguer.

Na primeira vez que vi esse livro, confesso que não me interessei em lê-lo. Pensei se tratar apenas do significado das flores e derivados, mas a resenha no blog da Juliana Ferreira, Resenhando por Aqui, me fez criar curiosidade para conhecer a história. E, justamente esse mês, depois de ver tantas resenhas sobre o livro, minha vontade de lê-lo só aumentou, e acabei por ganhá-lo de uma das minhas tias ^-^ E, bem... a história era, e ao mesmo tempo, não era o que eu esperava, tanto positiva como negativamente. Está confuso, eu sei, mas vocês vão entender melhor nos parágrafos seguintes...

Eu particularmente gosto de histórias envolvendo temas como adoção e tal; acho bom ver os caminhos que jovens nessa situação trilham suas vidas, mas, no que diz respeito à Victoria, acho que eu não estava preparada para tanto. Ok, eu já esperava que a protagonista fosse propriamente arredia, difícil... mas não imaginei que fosse tanto. Exageros à parte, mas, ela é muito temperamental e conflituosa, nunca consegue se relacionar com as pessoas, seja por estas pessoas não quererem contato ou por ela mesma não querer nenhuma relação com elas - o que, na verdade, é a maioria dos casos. À medida que cresce e tem seus 18 anos, ainda assim, não notei um grande crescimento na protagonista até quase chegar no final. O livro é dividido em quatro partes, e apenas nessa última é que eu fui notar o crescimento da Victoria como pessoa.

Mas, por mais que eu não tenha conseguido simpatizar tanto com ela, ainda assim gostei dela como protagonista. Ok, ela faz coisas meio irracionais, infantis, e às vezes age por impulso... mas ela tem um coração que vale ouro. Ele só está, digamos, congelado, mas, no seu geral, ela o usa muito bem. Ao longo da história, tudo o que ela quer é mostrar aos outros que sabe fazer as coisas e quer fazer aqueles que ama felizes. O seu lado sentimental, ao menos no interior, é sincero e bonito, e admiro-a muito por isso.

Os demais personagens foram bons também. Meredith foi a única que, ao meu ver, era tanto faz na história, nem reparei nas suas participações - ela também não me deu escolha; vive tratando a Victoria como uma criança qualquer e, em parte, não liga tanto para ela como deveria. Já Elizabeth, me emocionou bastante. Uma mulher forte, determinada, sensível, carinhosa e paciente, que se dá tão bem com a Victoria que eu fiquei até com pena de ambas quando foram separadas. E Grant... Bem, eu não me apaixonei total por ele, mas gostei dele mesmo assim! Sincero, sensível, generoso... Ah, Victoria, você é uma sortuda! Sem mais comentários!

Por fim, A Linguagem das Flores é uma ótima leitura, bem quando se precisa parar um pouco para refletir sobre suas próprias ações e sua vida. E, principalmente, para mostrar os mais variados tipos de amor, seja entre homem e mulher, mãe e filha, e amor próprio. Victoria pode nos ensinar muito sobre o ato de amar, e a sua história é simplesmente emocionante! E isso sem contar com o lado lotado por flores na história, o que me cativou bastante. Ver o significado das tulipas, rosas, lírios... Nossa, isso foi muito bom! Afinal, nem toda a flor mais linda vai sempre significar algo bom... Do mesmo jeito que até a pessoa mais arredia e conflituosa do mundo, pode nos ensinar coisas tão valiosas...

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Um Comentário

  1. Concordo com tudo o que disse na resenha, este livro é lindo e tras uma grande quantidade de significados, tanto de sentimentos como de flores (adorei o "dicionário" que tem no final dele...kkk).
    Me emocionei bastante durante a leitura e realmente, a história de Victoria é linda e tocante. Gostei demais e queria que todo mundo pudesse ler e se apaixonar tanto quanto nós. ♥

    Bjs, Yara.
    http://www.ilusoesescritas.com/

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